A História
de Maria Olenewa
No dia 1º de setembro, celebramos o Dia do Bailarino — uma data que nasce junto ao aniversário de uma mulher que mudou para sempre os rumos da dança clássica no Brasil: Maria Olenewa.

O início de sua Jornada
Nascida em Moscou, em 1896, Maria carregava nos gestos a tradição russa do balé e no olhar a ousadia de levar essa arte a novos horizontes. Formada na escola da bailarina Malinowa e lapidada em Paris, dançou em companhias de prestígio, entre elas a de Anna Pavlova, até que sua trajetória a conduziu à América do Sul. Foi aqui que encontrou o palco que marcaria seu destino: o Brasil.

Seu peso na História do Ballet
Em 1927, ao lado de Mário Nunes, Maria fundou a primeira escola oficial de dança do país, a Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ali, ergueu os alicerces de uma tradição que formaria gerações. Alguns anos depois, em 1936, sua visão culminou na criação do primeiro Corpo de Baile do Theatro Municipal, origem do atual Ballet do Municipal, uma das companhias mais respeitadas da América Latina.
Sua dedicação moldou a história
Sua dedicação não parou no Rio. Em 1943, Maria levou sua experiência para São Paulo, assumindo a direção da Escola Municipal de Bailado, conectando ainda mais corações e corpos à disciplina da dança clássica. Mais tarde, seguiu abrindo caminhos com cursos próprios, sempre com a mesma paixão pela arte de formar bailarinos.
De suas salas de aula nasceram nomes que se tornaram referência, como Eros Volúsia, Madeleine Rosay, Márcia Haydée e Bertha Rosanova — artistas que levaram para o mundo a força e a delicadeza do balé brasileiro.
O legado de Maria Olenewa não é apenas técnico, mas simbólico: ela mostrou que o balé podia florescer em terras tropicais, unindo tradição europeia e sensibilidade brasileira. Por isso, em sua homenagem, o dia do seu nascimento se tornou o Dia do Bailarino. Uma data para reverenciar não só a memória de sua obra, mas todos aqueles que, com disciplina e poesia, transformam passos em arte.

Porque cada pirueta é também herança.
Cada plié é também história.
E cada bailarino que dança hoje carrega, no corpo, o sopro pioneiro de Maria Olenewa.
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