Em Off com Mônica Tarragó

Pergunta: Quais os desafios de ensinar ballet clássico e formar crianças e adolescentes hoje?

R: Um dos principais desafios é fazer com que a criança compreenda que a formação em ballet clássico exige tempo e dedicação — são cerca de 10 anos de estudo. Além disso, há a dificuldade em mostrar para as famílias que a dança é uma profissão como qualquer outra, o que muitas vezes resulta na falta de incentivo e no abandono da formação antes da conclusão.
Também é necessário desenvolver uma metodologia que mantenha o interesse da criança ao longo do ano, com um programa bem planejado e distribuído. Outro ponto fundamental é contar com profissionais qualificados em sala de aula, que saibam motivar e conduzir o processo com excelência.

Pergunta: Você acredita que qualquer jovem pode aprender e se profissionalizar no ballet clássico?

R: Sim, qualquer jovem pode aprender ballet clássico. No entanto, para se profissionalizar, é preciso mais do que interesse: é necessário tempo, dedicação e um compromisso constante com o objetivo. A profissionalização exige disciplina, persistência e busca contínua por aprimoramento técnico e artístico.

Pergunta: Dança como hobby x dança como profissão — qual a sua opinião sobre o assunto?

R: A dança pode, sim, ser um hobby acessível a todos, trazendo prazer e bem-estar. Mas quando se trata de profissão, ela exige muito mais: organização, comprometimento, responsabilidade e, principalmente, paixão pela arte. Transformar a dança em carreira envolve entrega e constância.